Dentro do mundo dos negócios, as parcerias são algo fundamental para o crescimento de uma empresa e foi nesse sentido que surgiu a Joint Venture.
Atualmente, vivemos uma era que o caráter multidisciplinar das empresas é muito necessário, em especial se falamos em tecnologia.
Isso porque ao longo do tempo as empresas se adaptam e para isso precisam fazer novas apostas e novos investimentos.
No entanto, nem sempre existe uma capacidade financeira para isso.
Então, a joint venture é uma ferramenta muito usada justamente para isso, alinhar parcerias entre diferentes negócios.
Esse é o tema do nosso texto de hoje e convidamos você a ficar até o final para acompanhar todos os detalhes sobre isso.
Leia também: O que é um advogado empresarial?
O que é uma Joint Venture
De acordo com o que falamos no início do texto, uma Joint Venture é como uma parceria entre empresas, muitos falam em colaboração empresarial.
Nessa colaboração diferentes empresas se unem para um objetivo específico, seja ele através da criação de uma nova empresa ou não.
Ou seja, na prática, essas empresas se unem para realizar um projeto em conjunto, por um determinado período de tempo.
Isso tudo sempre é feito através de um contrato específico para essa parceria.
O termo vem do inglês e significa mais ou menos algo como uma aventura conjunta, justamente porque há a divisão dos riscos.
Apesar de parecer algo recente, isso já acontece desde o tempo das navegações, quando os navegadores se juntavam para ter mais resultados.
Portanto, esse modelo de cooperação já é bastante conhecido.
Como ela funciona?
Na prática, como falamos uma Joint Venture funciona como num sistema de parceria, então as empresas se juntam e dividem os riscos daquele projeto.
Atualmente, isso pode funcionar de duas formas: através de um contrato ou através de uma operação societária.
Na Joint Venture contratual se estabelece em contrato as regras daquela parceria, como:
- Objetivo;
- Prazo;
- Direitos e Deveres;
- Formas de rescisão;
- Entre outras cláusulas que sejam importantes para aquele negócio.
Por outro lado, na Joint Venture societária se cria uma nova empresa para aquele fim específico.
Então, pode ser que exista um contrato e que ele determine uma abertura de nova empresa para formalização daquele projeto em uma pessoa jurídica, por exemplo.
Ou as partes preferem abrir a empresa e regulamentar a relação através de um acordo de sócios.
Tudo isso depende do interesse das partes e também de uma boa assessoria jurídica, que vai avaliar os riscos e benefícios de cada um desses formatos.
Para quais objetivos uma Joint Venture é indicada
Os objetivos para a criação de uma Joint Venture dependem muito do que as empresas precisam naquele momento, de acordo com as suas realidades.
Contudo, de maneira geral, o objetivo sempre será aumentar os resultados e expandir ambos os negócios.
Nesse sentido, uma Joint Venture muito comum de acontecer é para a exploração do mercado internacional.
Então, empresas de diferentes países se juntam para que a expansão seja mais rápida e eficiente.
Além disso, as Joint Ventures podem ser criadas também para:
- Exploração de novos mercados e atividades;
- Reduzir os riscos de um novo projeto;
- Divisão de custos de matéria-prima, como é com a compra de estoque compartilhado, por exemplo;
- Compartilhamento de novas tecnologias e conhecimentos;
- Suporte financeiro para um novo projeto;
- Entre outros.
Vantagens e Desvantagens
Bom, acerca das vantagens e desvantagens, podemos dizer que acontecem na mesma proporção.
Isso porque em virtude do compartilhamento de riscos e resultados, as vantagens e benefícios serão os mesmos.
Ou seja, você tem o benefício de ter um risco compartilhado, mas se não der certo não dará certo para nenhuma das partes envolvidas.
Mesmo assim, dependendo do objetivo mútuo, as chances de duas empresas se unirem e fazerem algo dar certo é muito maior do que uma só, em especial quando falamos de mercado internacional, por exemplo.
Ainda, o compartilhamento de conhecimentos é outra vantagem muito grande, mesmo que o negócio talvez não venha a dar certo, com certeza essa experiência traz ótimos insights.
Um caso recente de Joint Venture no Brasil é o da BP, empresa que comprou agora a totalidade da Joint Venture que tinha com a empresa Bunge no setor de biocombustíveis.
Outro caso mais antigo, mas bastante conhecido é da Unilever e Perdigão.
A Unilever foi responsável pela ampliação no mercado da marca Becel, enquanto a Perdigão ficou responsável pela produção dos produtos.
Esses são apenas alguns casos dessas parcerias que têm se tornado cada vez mais comuns.
Como ter uma Joint Venture segura?
Por fim, para ter uma Joint Venture segura você certamente precisa de uma assessoria jurídica especialista e de confiança.
Independente do formato que ela aconteça, a participação de um advogado é fundamental para que a parceria funcione de acordo com o combinado.
Se você precisa dessa assessoria entre em contato e conheça nossos serviços.
AL&T Advogados
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